• Terreiros Históricos

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Mapeamento das comunidades: Uma perspectiva eurocêntrica de conceber o Brasil que via a religião católica como a única capaz de trazer a salvação eterna, haja vista que vinha de uma cultura – a europeia – considerada símbolo de superioridade que levaria o Brasil à construção de nação sólida que influenciou decisivamente o imaginário cultural e religioso do país. Assim, processos de constituição da identidade étnico-religiosa brasileira foram e são complexos e a intolerância religiosa deu a tônica nas relações entre as diversas tradições que se estabeleceram no Brasil.

Muita água correu por debaixo da ponte e o site Que Terreiro é Esse? emerge num momento em que recrudescem no Brasil como um todo experiências de ódio religioso, principalmente contra as Religiões de Matrizes Africanas, Candomblé, Umbanda e Quimbanda. Assim repensar a intolerância se faz necessário e urgente, se quisermos construir relações religiosas mais saudáveis em que as religiões, com seus dogmas mitos e ritos seja reconhecidas e, em que o diálogo inter-religioso possa balizar as relações entre as diversa tradições religiosas presentes em nosso país.

Segundo pesquisa que o jornalista Marciano Corrêa, a Professora Doutora Renilda Costa com apoio da Associação Cultural Matakiterani fez em arquivos históricos que registraram a história de Lages e, também através do relato dos mais velhos Pais e Mães de Santo, afirma que a Umbanda tem mais de cem anos, mas na Serra Catarinense o primeiro dos registros que encontramos de casas destes cultos em Lages foi o da Tenda Girassol que se localizava na Avenida Luís de Camões no Coral, isso em 1955, casa está dirigida por Carlos Rogério Hetterich. O relato consta no livro Continente das Lagens do escritor Licurgo Costa. No mesmo livro, existe uma passagem de um Centro um pouco maior, o Centro de Umbanda Caboclo Ubiratan, fundado em 12 de abril de 1967, tendo como presidente o senhor Henrique Guirulat. Pode ser que existissem outras casas na época, mas os registros são poucos.

É uma história que precisa ser resgatada e registrada.

Assim, surgiu e o site para não deixar a vida dos povos de terreiros de Lages no anonimato.

Neste momento faremos menção há alguns terreiros que em tempos e espaços diversos tiveram sua história marcada na cidade de Lages. Assim fundação de diversos Centros Umbandistas de Lages pode ser descritos pela seguinte ordem cronológica: Tenda de Umbanda Ogum de Lei (Fundada em 20 de janeiro de 1975) por José Stramosk; Casa de Caridade Mãe Oxum (Fundada em 14 de abril de 1975) de Dona Maria Alvin Furtado; Centro de Umbanda Ogum Beira Mar (Fundado em 27 de abril de 1975) de dona Maria Costa Lima; Centro de Umbanda Oxóssi (Fundado em 29 de outubro de 1975), por José Carlos Wilbert; Tenda de Umbanda Yemanjá (Fundada em 31 de dezembro de 1975) por Octacílio dos Santos Pereira;

Além do Centro de Umbanda Mãe Yemanjá (Fundado em 31 de dezembro de 1975) por Vera Aparecida Motta; Centro de Umbanda Tupy Mirim (Fundado em 21 de janeiro de 1976) por Dona Maria Scott Netta; Centro de Umbanda Caboclo Flecheiro (Fundado em 20 de janeiro de 1976) por João Maria de Jesus; Centro de Candom- blé Pai Omoloci (Fundado em 3 de abril de 1976) por João B. Nascimento; Tenda de Umbanda Tupinambá (Fundado em janeiro de 1976) de Dona Juraci Brunkummerov; Centro de Umbanda Oxóssi (Fundado em 20 de janeiro de 1976) por Dona Maximilia Ribeiro. Assim como todas essas Casas de Santo e Terreiros de Umbanda citados, temos de lembrar da famosa Madame Rosa e de Pai Paulo de Xangô, além do senhor Adalberto, senhor Miguel, Batista, Cachoeira, Zita do Odé (in memoriam) e Dona Vicentina que cultua o Candomblé e está hoje com idade bem avançada. Convém salientar que outras nações também vieram para a Princesa da Serra (Lages), a Cabinda, Candomblé, Almas e Angola, dentre outros e atualmente o povo de santo cresceu e estão tomando seus espaços, com a influência principalmente do Rio Grande do Sul.

Líderes que fizeram história

MADAME ROSA

PAI ADALBERTO

MÃE VICENTINA

MAE NILTA DO OPGUM